Isco foi suplente e não participou da vitória do Real Madrid sobre o Betis (Créditos: Diario Marca)
Contratado por €30 milhões, titular em duas finais de Champions e agora, suplente do limitado Lucas Vázquez, Isco não jogou nenhum minuto na vitória por 2-1 diante do Betis e após constantes reservas e poucos minutos em campo desde que Santiago Solari assumiu o controle da equipe, reafirma-se a perda de espaço do atleta de 26 anos na equipe merengue… Uma vez mais.
A qualidade de Isco é inquestionável, mas o fato de ter dificuldade em se firmar com todos os treinadores que coincidiu (Ancelotti, Benítez, Zidane e Solari) chama a atenção. Com Ancelotti a questão parecia predominantemente tática e o jogador conquistou protagonismo. Com Benítez o problema pareceu ser disciplinar, mas naquele momento a maior complicação era a presença do treinador espanhol e ninguém conseguia render. Zidane costumava dar maior presença a Bale, mas com o tempo esse cenário mudou e Isco ganhou a posição, demonstrando um excelente trabalho, algo que com Solari, parece faltar, enquanto questões disciplinares, por sua vez, mostram-se em excesso.
Periódicos espanhóis noticiaram nas últimas semanas desentendimentos do atleta com o treinador argentino desde sua chegada, chegando a desrespeitá-lo, algo que, de acordo com essas fontes, parece ter se estendido ao vestiário, com os capitães e boa parte do grupo deixando de apoiá-lo por conta de seu comportamento inadequado e as desculpas do centrocampista de nada adiantando, uma vez que suas atitudes parecem não ter apresentado melhora e seguem dando razão a Solari, que venceu todos os jogos no comando do Madrid que Isco não participou e obteve 63,6% de vitórias quando o atleta teve minutos.
Solari dando instruções à Vinicius e Cristo (Créditos: Roberto Pardo, Diario Marca)
A nível tático, de fato Isco não é a melhor opção para o atual esquema desenhado por Solari: não é um 8, muito menos um ponta. Sua melhor posição é a de 10, logo atrás do atacante, mas já enfrentou essa circunstância anteriormente, se adaptou e conquistou espaço. Dessa vez, parecem faltar detalhes de trabalho duro e comportamento de jogador de grupo, como demonstram constantemente Marcos Llorente e Dani Ceballos, pelas redes sociais, quando não jogam e como demonstrou Marcelo após o gol da vitória na noite de ontem: o brasileiro foi barrado, não jogou, mas comemorou o gol abraçando Reguilón no banco de suplentes, demonstrando que o nome da instituição vem antes de qualquer aspecto.
É certo que não se precisa de muito esforço para ocupar o posto de um descomprometido Gareth Bale, mas é essencial um esforço máximo para se manter como titular do Real Madrid. Ser titular do maior clube do mundo é algo para poucos e Isco o fez. O jogador, natural de Málaga, sabe que tem condições para reverter esta situação novamente, mas para isso deve trabalhar forte. Hoje, é reserva de Vázquez, mesmo sendo muito mais qualificado que o atacante, justamente por parecer que lhe faltam ganas nos treinamentos e nos minutos recebidos.
Os minutos se ganham em campo e com muito trabalho, é um valor do clube. A ver a que o próprio Isco destinará seus esforços: a trabalhar para seguir triunfando no Santiago Bernabéu, ou a deixar o clube, o que pode ser um movimento muito arriscado… Morata que o diga.
Isco e Morata quando coincidiram no Real Madrid (Créditos: Getty)
Bacharel, Licenciado e Especialista em Educação Física.
Mestre e aluno de Doutorado em Desenvolvimento Humano e Tecnologias.
Treinador de futebol habilitado pela The FA (Inglaterra) – Nível 1.
Idiomas: Português (brasileiro), Inglês, Espanhol e Italiano.
Instagram e Twitter: @ericmrlima
E-mail: [email protected]
Site: mafiamerengue.com
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