A trajetória de Álvaro Odriozola pode ser resumida da seguinte maneira: de titular para a arquibancada e da arquibancada para titular, sem passar pelo banco. É uma vida de extremos, difícil e sem meio termo. Semana após semana tem sido assim.
Apenas oito vezes Odriozola esteve no banco, de 41 jogos disputados pelo Real Madrid nesta temporada em todas as competições. Em seis, se levarmos em conta que nos dois jogos da Copa do Mundo de Clubes não houve necessidade de descartar. Ele esteve disponível em 16 partidas nas quais foi titular e 12 partidas nas quais ele não entrou na lista de convocados.
No último mês esta situação incomum de Odriozola foi intensificada. Desde 16 de janeiro, ele não parou de alternar a titularidade com a arquibancada. Ele jogou três partidas (Leganés, Girona e Alavés) e esteve fora do elenco seis vezes. Não senta no banco de reservas desde 13 de janeiro, contra o Betis, em Villamarín.
Tal mudança tão brusca toda semana não é fácil de lidar, principalmente se considerarmos as grandes atuações que Odriozola exibiu toda vez que que teve oportunidade e que os jogadores com muito menos presença entre os titulares têm mais regularidade que ele nas convocações. De toda forma, ele é o principal recurso de Solari, tanto para começar a jogar substituindo Carvajal, como para preencher espaço nas listas.
O fato é que depois de sua décima sexta titularidade na temporada, contra o Alavés, em LaLiga, no último último 03 de fevereiro, Odriozola enfrenta outra realidade: a de ser descartado e deixado de fora dos compromissos, consecutivos, contra o Barcelona, Atlético e Ajax. Viajou para Amsterdã, mas acabou sendo um dos descartes de Solari.
Hoje, contra o Girona, novamente Odriozola foi direto da arquibancada para o time titular sem passar pelo banco. É o curioso caso de Álvaro Odriozola.